COMO UM PNEU É FABRICADO Uma combinação de 200 tipos diferentes de matéria prima numa única mistura de química, física e engenharia, dá ao consumidor o mais alto nível de conforto, performance, eficiência, confiabilidade e segurança que a moderna tecnologia pode oferecer. ETAPAS DA PRODUÇÃO DE PNEUS 1. Planejamento e Design Muitos pneus são projetados para atenderem às necessidades e performance especificadas por um modelo de automóvel em particular. O processo começa com um computador que converte a matemática das necessidades do veículo em especificações técnicas. Um protótipo do pneu é feito para testar a eficiência do design em relação às características desejadas. O projeto de um pneu pode levar meses de testes, inspeções e verificações de qualidade antes de entrar em linha de produção. 2. Produção O processo de produção começa com a seleção de vários tipos de borracha juntamente com óleos especiais, carbono preto, pigmentos, antioxidantes, silicone e outros aditivos que serão combinados para oferecer as características desejadas. Compostos diferentes são usados para diferentes partes do pneu. Uma máquina chamada Misturador Banburry transformará estas várias matérias primas para cada composto em uma mistura homogênea com a consistência da borracha. O processo de mistura é controlado por computador para assegurar a uniformidade da mistura. Os compostos são então enviados para máquinas que irão produzir cada parte do pneu. Após isto, começa a montagem do pneu. O primeiro componente a ir para a montagem é o perfil interno (innerliner), uma borracha especial que é resistente ao ar e à penetração e que tem a forma de um tubo interno. Depois vem a lona e cinta que geralmente são feitas de poliéster e aço. Lonas e cintas dão ao pneu força e flexibilidade. As cintas são cortadas em ângulo preciso para atender as características desejadas do pneu. Fios de aço revestidos de bronze são colocados em dois arcos os quais são implantados na parede lateral do pneu para formar o talão o qual irá assegurar o perfeito assentamento do pneu no aro. A banda de rodagem e as paredes laterais são colocadas sobre as lonas e cintas e depois todas as partes são unidas firmemente. O resultado de tudo isto é chamado de PNEU VERDE ou INCURADO. A última etapa é curar o pneu. O PNEU VERDE é colocado dentro de um molde e é inflado para pressioná-lo contra o molde, formando assim o desenho da banda de rodagem e as informações na lateral do pneu. Depois o pneu é aquecido à temperatura de 150 graus por 12 a 15 minutos vulcanizando-o para ligar todos os componentes e curar a borracha. Pneus maiores e Off Roas podem levar mais de um dia para curar. Todos os pneus são então inspecionados, e amostras aleatórias são retiradas da linha de produção e testadas. Algumas passam por Raios X, algumas são cortadas, outras são enviadas para testes com rodas e outras são testadas em pistas para avaliar o desempenho, maneabilidade, desgaste, tração e segurança.
RELACIONAMENTO ENTRE A PERFORMANCE DOS PNEUS E RODAS Associação de Pneus e Rodas (TRA Tire and Rim Association) Com o objetivo de manter a consistência e uniformidade das medidas de pneus, representantes dos maiores fabricantes de pneus criaram a Tire and Rim Association (Associação de Pneus e Aros) nos EUA. A TRA tem estabelecido especificações técnicas que são baseadas em princípios de engenharia e ensaios práticos. Todo ano é publicado O TRA YEARBOOK o qual contém todas as Normas TRA e informações relacionadas aprovadas pela Associação. Estas normas incluem: • Características dos pneus • Relação de carga dos pneus • Dimensões • Ensaios • Largura do Aro • Desenho e medidas das rodas Normas no sistema métrico são estabelecidas através de uma associação similar chamada EUROPEAN TIRE AND RIM TECHNICAL ORGANIZATION (ETRTO). A medida da largura do aro aprovada para cada tamanho de pneu tem sido cuidadosamente selecionada pela TRA e ETRTO. Por exemplo, o P255/50VR16 é aprovado para ser montado em rodas de 6 1/2 a 10 polegadas. Experiências anteriores e práticas de engenharia têm mostrado que rodas fora destas medidas provocarão esforços no pneu de modo que o mesmo terá um desempenho não satisfatório e estarão sujeitos a uma potencial falha ESTRUTURA DO PNEU Carcaça: parte resistente do pneu; deve resistir a pressão, peso e choques. Compõem-se de lonas de poliéster, nylon ou aço. A carcaça retém o ar sob pressão que suporta o peso total do veículo. Os pneus radiais possuem ainda as cintas que complementam sua resistência;
Talões: constituem-se internamente de arames de aço de grande resistência, tendo por finalidade manter o pneu fixado ao aro da roda;
Parede lateral: são as laterais da carcaça. São revestidos por uma mistura de borracha com alto grau de flexibilidade e alta resistência à fadiga;
Cintas (lonas): compreende o feixe de cintas (lonas estabilizadoras) que são dimensionadas para suportar cargas em movimento. Sua função é garantir a área de contato necessária entre o pneu e o solo;
Banda de rodagem: é a parte do pneu que fica em contato direto com o solo. Seus desenhos possuem partes cheias chamadas de biscoitos ou blocos e partes vazias conhecidas como sulcos, e devem oferecer aderência, tração, estabilidade e segurança ao veículo.
Ombro: É o apoio do pneu nas curvas e manobras.
Nervura central: proporciona um contato "circunferencial" do pneu com o solo.
PNEU COM VISTA EM CORTE
COMO IDENTIFICAR UM PNEU
ITEM | DESCRIÇÃO | 1 | MARCA / MODELO DO PNEU | 2 | STEEL BELTED RADIAL - Tipo de construção do pneu (Radial com Cintas de Aço) | 3 | Medidas do Pneu: 33 = Diâmetro externo em polegadas (x 2,54) 11.50 = Largura do pneu em polegadas (x 2,54) R = Radial 15 = Diâmetro da Roda (aro) em polegadas (x 2,54) 6PR = 6 lonas 108 = Indicador de carga máxima para o pneu (ver tabela abaixo) Q = Indicador da velocidade máxima para o pneu (ver tabela abaixo) | 4 | Certificação E4 (Comunidade Econômica Européia) | 5 | TUBELESS - Indica que o pneu é sem câmara | 6 | Número de série de fabricação | 7 | Nome fantasia do pneu | 8 | Certificação DOT (Departamento de Transportes dos EUA) | 9 | Aviso de Segurança: SAFETY WARNING - Serious injury may result from: - Tire failure due underinflation / overloading - - Follow owner's manual or tire placard in vehicle - Explosion of tire / rim assembly due improper mouting Only specially trained person should mount tires. | Tradução AVISO DE SEGURANÇA - Serios danos podem ocorrer de: - Falha do pneu devido a baixa pressão / excesso de carga. Siga o manual do proprietário ou verifique as plaquetas no veículo. - Explosão do pneu ou encaixe da roda devido a montagem inadequada. Somente pessoas especialmente treinadas devem montar os pneus. |
| 10 | Certificação INMETRO | 11 | MT 754 - Código do modelo do pneu | 12 | Origem da fabricação do pneu | 13 | Indicação nominal da carga máxima em Kg e Libras e pressão máxima em Kpa e PSI | 14 | Descrição da construção da carcaça e paredes laterais (quantidade e tipos das lonas) |
PRINCIPAIS MEDIDAS A SEREM OBSERVADAS NOS PNEUS
EXEMPLO 1 - Identificação pelo Código do Pneu
ÓDIGO | DESCRIÇÃO | LT Light Truck | Utilitário, Pick Up | 245 | Largura Nominal do Pneu em Milímetros | 75 | Relação entre a Largura e a Altura nominal do Pneu – Também conhecida como SÉRIE ou PERFIL (se não houver indicação, a série é 82) | R | Indica que o pneu é de construção RADIAL. A ausência do R indica que o pneu é de construção DIAGONAL | 16 | Indica, em polegadas, o diâmentro interno do Pneus (ARO) | 108/104 | Indica o peso que o pneu pode suportar (ver tabela) | N | Indica a velocidade máxima que o pneu pode atingir com segurança |
EXEMPLO 2 - Identificação pelo Código do Pneu
CÓDIGO | DESCRIÇÃO | 33 | Diâmetro do pneu em polegadas (x2,54) | 11,50 | Largura Nominal do Pneu em Polegadas (x2,54) | 16 | Diâmetro do ARO em polegadas | LT | Ligth Truck (utilitários, pick up's) | 6PR | Número de lonas (ply rating) |
TABELA DE ÍNDICE DE VELOCIDADE MÁXIMA
cÓDIGO | DESCRIÇÃO | | CÓDIGO | DESCRIÇÃO | | CÓDIGO | DESCRIÇÃO | F | 80 km/h | | N | 140 km/h | | H | 210 km/h | G | 90 km/h | | Q | 160 km/h | | V | 240 km/h | J | 100 km/h | | R | 170 km/h | | W | 270 km/h | K | 110 km/h | | S | 180 km/h | | Y | 300 km/h | L | 120 km/h | | T | 190 km/h | | ZR | acima de 240 km/h | M | 130 km/h | | U | 200 km/h | | | |
TABELA DE CARGA MÁXIMA ADMITIDA POR PNEU
NDICE DE CARGA | Kg/PNEU | | ÍNDICE DE CARGA | Kg/PNEU | | ÍNDICE DE CARGA | Kg/PNEU | 80 | 450 | | 96 | 710 | | 111 | 1090 | 81 | 462 | | 97 | 730 | | 112 | 1120 | 82 | 475 | | 98 | 750 | | 113 | 1150 | 83 | 487 | | 99 | 775 | | 114 | 1180 | 84 | 500 | | 100 | 800 | | 115 | 1215 | 85 | 515 | | 101 | 825 | | 116 | 1250 | 86 | 530 | | 102 | 850 | | 117 | 1285 | 87 | 545 | | 103 | 875 | | 118 | 1320 | 88 | 560 | | 104 | 900 | | 119 | 1360 | 89 | 580 | | 105 | 925 | | 120 | 1400 | 90 | 600 | | 106 | 950 | | | | 91 | 615 | | 107 | 975 | | | | 92 | 630 | | 108 | 1000 | | | | 94 | 670 | | 109 | 1030 | | | | 95 | 690 | | 110 | 1060 |
APLICAÇÕES
ada tipo de pneu tem uma aplicação e características específicas. A escolha correta implica no desempenho e durabilidade do pneu assim como na segurança dos passageiros do veículo: PNEUS DE ALTA PERFORMANCE: Pneus que proporcionam grande aderência e estabilidade e suportam altas velocidades. São pneus de grande diâmetro e largura, perfil baixo (50, 45, 40 ou 20) e rodas de 17, 18 19 ou 20 polegadas e construção radial. Oferecem pouco corforto. PNEUS CONVENCIONAIS: São os pneus recomendados pelos fabricantes de veículos. Possuem diâmetro normal, perfil série 60, 65 ou 70 e rodas de 15 ou 16 polegadas e de construção radial. Oferecem conforto, são silenciosos e têm grande durabilidade. PNEUS ON / OFF ROAD (USO MISTO): São pneus destinados à veículos utilitários, pick up's e camionetes. Podem ser utilizados no asfalto e em estradas de terra e são de construção radial. Oferecem conforto relativo e dependendo do desenho da banda de rodagem, podem produzir ruído na rodagem. PNEUS OFF ROAD: São pneus que devem ser utilizados somente em estradas de terra e são normalmente de construção diagonal. São pneus normalmente usados em competições OFF ROAD ou utilizados em serviços nas fazendas. Sua utilização em estradas de asfalto comprometem a segurança pois seu índice de velocidade é baixo e diminuem também a durabilidade do pneu além de produzir altas vibrações e ruído devido ao desenho da banda de rodagem. DESENHO DA BANDA DE RODAGEM
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| ON / OFF ROAD RADIAL (USO MISTO) | 100% OFF ROAD DIAGONAL |
| | CONVENCIONAL RADIAL | ALTA PERFORMANCE RADIAL
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NERVURA CENTRAL: Mantém um contato "circunferencial" do pneu com o piso (Manobrabilidade, aderência) | BLOCOS: Também chamados de biscoito, proporcionam tração e frenagem
| SULCOS: São responsáveis pela drenagem (expulsão) da água e lama | DRENOS: São sulcos auxiliares que levam a água para fora da área de contato do pneu com o solo, aumentando a aderência em piso molhado | COVAS: Pequenas ranhuras que auxiliam na dispersão do calor do pneu |
- RELAÇÃO ENTRE ÁREAS CHEIAS (BLOCOS) E VAZIAS (SULCOS):
-Pneu com proporção de áreas vazias (sulcos) maior: melhor desempenho em terrenos molhados ou com lama ou areia. -Pneu com proporção de áreas cheias (blocos) maior: melhor desempenho e aderência em piso de asfalto seco.
- MANUTENÇÃO
SEGURANÇA Os pneus são a única parte do carro que tem o contato direto com o piso. Os pneus afetam diretamente a estabilidade, o conforto, a frenagem e a segurança do seu veículo. Para um desempenho melhor e seguro, os pneus devem estar com a pressão indicada pelo fabricante, profundidade dos sulcos adequada e o alinhamento e balanceamento das rodas corretos. Verificar os pneus regularmente é uma etapa importante para garantir sua segurança . O ideal é fazer uma inspeção semanal nos pneus. Se você utiliza estrada com piso ruim ou dirige longas distânciass regularmente, então você deve inspecionar seus pneus com mais frequencia. Inspecione sempre seus pneus antes de uma viagem. Será mais fácil encontrar um problema pequeno, tal como um prego em seu pneu, e repará-lo antes de que ele se transforme num problema mais caro e mais complicado. Assegure-se de que somente pessoal de serviço corretamente treinado e equipado execute alguma manutenção no pneu de seu veículo (consertos, trocas, rodízios, alinhamento e balanceamento). SINAIS DE DESGASTE NOS PNEUS A falta de manutenção nos pneus pode levar ao desgaste prematuro e também à problemas mais sérios como um estouro. Outros fatôres podem também afetar o desgaste do pneu. Peças gastas da suspensão e a falta de alinhamento do veículo tem um papel direto no desempenho do pneu. Saiba reconhecer os principais sintomas de problemas com os pneus através da análise do desgaste dos mesmos: | PRESSÃO ALTA: Desgaste no centro do pneu. Pressão maior do a recomendada faz com que somente a seção central do pneu toque no piso. | | PRESSÃO BAIXA: Desgaste em ambas as bordas do pneu Pressão menosr do que a indicada faz com que os lados do pneu cedam e a parte central da banda de rodagem perde contato com o piso | | Desgaste em uma borda do pneu: As rodas podem estar desalinhadas | | Desgaste irregular: Pode significar que as rodas estão desbalanceadas, ou que os amortecedores necessitam de substituição.
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